
Não basta procurar uma locadora, alugar um veículo, baixar o aplicativo Uber, 99 ou outros e sair trabalhando a procura do passageiro. Para pegar o veículo, precisa ver as suas condições financeiras, alugar o carro por semana, quinzenal ou mensal. Você também deixa cópia de sua CNH, para incluir pontos, além do pagamento de multa que cometer.
O aluguel por semana é em média R$ 360,00, mais R$ 2.000,00 de caução, debitado no seu cartão de crédito para garantia da franquia, dos casos de batidas. A locadora tem o local certo para providenciar o conserto do veículo em caso de acidente, não aceita em qualquer lugar, assim o serviço, ou conserto custa mais para o motorista.
Pegou o carro, vamos às ruas, em busca do passageiro que vem por aplicativo. A empresa do aplicativo cobra taxa de serviço de 25% e oferece ao passageiro 30% de desconto no valor da corrida, para que ele use o veículo e lhe garanta sua taxa. Só neste desconto oferecido ao passageiro, você já perdeu 30%, do valor da tarifa que é estabelecido pelo poder público (prefeito).
Se o passageiro pagou em dinheiro, o próximo pagamento na conta do aplicativo é descontado a taxa de serviço do valor recebido em espécie. A empresa de aplicativo tem o controle de todo o serviço e valor pago quando o passageiro chama via aplicativo.
Faça suas contas, se vale apena trabalhar com locadora ou ser dono de seu próprio veículo. Para quem fatura R$ 300,00 por dia, precisa fazer de 25 a 30 corridas, porque a maioria é de baixo valor. Gasta com combustível R$ 50,00, porque roda muito, paga R$ 65,00 para a locadora e R$ 75,00 para a empresa de aplicativo, por dia, por ter lhe passado o serviço é mais R$ 10,00 de taxa do cartão.
Somando tudo, você tem um gasto diário de R$ 200,00, lhe resta R$ 100,00, se faturou os R$ 300,00, para 14 horas de trabalho. Além do risco de assalto, assassinato, que vem ocorrendo com frequência. Sem que a empresa de aplicativo se responsabilize por nada pelo serviço que estar prestando, ao passageiro e motorista.
Presidiário trabalhando com aplicativo
aumenta o risco para o passageiro
A 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu ao detento que cumpre pena em regime semiaberto autorização para trabalhar como motorista de transporte por aplicativo. De acordo com os desembargadores, o trabalho externo é importante para a ressocialização, negar esse benefício estenderia os efeitos da condenação que foi imposta ao autor, justifica.
Menos passageiros usando
Agora menos passageiros, vão usar esse serviço, com uso de carro partícula, porque o STF autorizou os presidiários e condenados pela justiça em regime semiaberto trabalhar como motorista de aplicativo. Sendo um risco para à vida e família de quem usa esse meio de transporte, sem qualquer controle do poder público, motorista e veículo.
Para aquele que tem o carro próprio, faturando os R$300,00, pode lhe restar no máximo R$ 150,00, para a manutenção do carro e sua sobrevivência, ou seja, trabalhou você e o carro, 14 horas, por R$ 150,00.
Em um ano você pode rodar mais de 100 mil quilômetros, gastar mais de uma troca de pneus, amortecedores e outros gastos com mecânica, manutenção preventiva etc. Em um ano o seu carro estar destruído sem ver dinheiro para trocar por outro, a alta quilometragem desvaloriza o seu carro em até 50%, principalmente se a parte interessada, ficar sabendo que rodou com aplicativo.
Como grande parte dos motoristas de aplicativos, locadora ou carro próprio, está desistindo desta atividade. As empresas de aplicativos estão correndo atrás dos taxistas para lhe garantir faturamento e atender àqueles passageiros cadastrados em sua plataforma eletrônica.
“É hora dos taxistas dizerem não à quem sempre foi contra o serviço de táxi, até denegrindo a imagem da categoria, com seus serviços prestados, sempre se colocando em primeiro lugar. Precisamos sim valorizar o que é nosso e conquistar os passageiros, com cordialidade e bom atendimento”,
informou Salomão, jornalista da Folha do Motorista e taxista.
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