
O litro da gasolina na maioria dos postos custa R$ 5,50, em alguns, pode encontrar 0,20 centavos mais baratos para uma autonomia de oito quilômetros. Cada quilômetro rodado com o seu passageiro, o taxista, ou motorista de aplicativo gasta R$ 0,70 centavos.
Uma distância de cinco quilômetros, ida e volta dez o gasto é de R$ 7,00 com combustível, valor da corrida no máximo R$ 15,00, se oferecer desconto o resultado será menor que R$ 8,00, para manutenção do veículo, sobrevivência e família, troca de carro a cada dois ou três anos.
Fato que não acontece com maior parte dos taxistas, depois que as empresas de aplicativos entraram no mercado praticando preços, para atrair o passageiro.
Muito dos táxis rodando na praça em São Paulo, já chegou ao seu limite de dez anos, e outros vencendo. Isso acontece com 70% da frota de táxi, maior parte dos veículos, estão acima dos sete anos de fabricação.
O litro do álcool, na maioria dos postos custa R$ 4,60,em alguns podem encontrar com R$ 0,30 centavos mais baratos, para uma autonomia 6,5 quilômetros o custo por quilômetro é de R$ 0,65 centavos. A mesma corrida de cinco quilômetros, ida e volta, gastou R$ 6,50 de combustível e recebeu R$ 15,00 do passageiro, se deu desconto o seu ganho ficou abaixo de R$ 8,50.
O aplicativo, Uber ou 99, oferece até 30% de desconto ao passageiro para atrair o atendimento, mais 25% de taxa de serviço, cobrado do motorista, para lhe sobrar algum dinheiro, precisa rodar no mínimo 250 quilômetros por dia. Em um ano o seu veículo já ultrapassou dos 100 mil quilômetros rodados com grande desvalorização na hora da venda.
Gás Natural Veicular (GNV), preço por metro é de R$ 3,199 a R$ 3,399, em algumas regiões podem encontrar R$ 2,799, exemplo marginal do Rio Tietê, mesmo assim ainda é a melhor opção para taxista e motorista de aplicativo, no final de cada dia tem um melhor resultado em seu faturamento.
Os descontos oferecidos pelas empresas de App, sem nenhum direito ao motorista por atender seus clientes, tem contribuído para que muitos taxistas abandonem a profissão, que existem há mais de 100 anos. Menos táxis circulando pode acarretar futuro falta de veículo para o atendimento ao passageiro. Á tendência do motorista de aplicativo é abandonar o serviço porque destrói o seu veículo em poucos anos, além do risco de assalto e morte como ocorre com frequência. E menos táxis vão circular na cidade, o que pode prejudicar o serviço no futuro.
INSS em favor do motorista é uma obrigação da empresa
O motorista de aplicativo tem o direito ao recolhimento por parte da empresa de 11% de INSS em seu favor, de todo o faturamento eletrônico gerado por ele na conta da empresa. Mais décimo terceiro ao final de cada ano, somando o seu faturamento mês a mês e dividir por 12, se chega ao valor de quanto à empresa deve disponibilizar.
Manutenção do veículo, despesas com combustível, sobrevivência do motorista e família, educação para os filhos, saúde filho e esposa com plano de saúde, aluguel de casa ou apartamento, taxa publica de documentos, troca de carro há cada dois ou três anos, prestação do veículo. São itens que fizeram parte da planilha de custo, para se chegar o valor da tarifa do táxi, quilômetro rodado, hora parada e valor da bandeirada.
Tarifa não precisa reajustar é só não praticar desconto
“Mesmo rodando com a mesma tarifa há cinco anos, do táxi não precisa, aumentar, basta seguir os preços autorizados pelo prefeito, bandeira R$ 4,50, quilômetro rodado R$ 2,75 e hora parada R$ 33,00 e não praticar desconto. “Mesmo com os preços dos combustíveis em alta ainda da para o taxista sobreviver e assumir com seus compromissos”. “Se aumentar a tarifa, ele vai gastar com mudança de tarifa que não é barato, além de outros gastos”.
“O taxista precisa sobreviver de seu trabalho e arcar com seus compromisso familiar, sem apoio do poder público e político, muitos estão entrando em desespero, porque o que ganham não é suficiente para sua sobrevivência, fruto da concorrência das empresas de aplicativos, sem o controle do poder público”
citou Salomão editor do jornal Folha do Motorista.
Em 11 anos aumentou menos de 20%
A tarifa do táxi foi reajustada em 2010, com vigência em janeiro de 2011. Na ocasião a defasagem era de 27%, o prefeito Gilberto Kassab na ocasião, autorizou um reajuste de 8,95%. Nesta época o litro da gasolina custava entre R$ 280 e R$ 2,99, o álcool R$ 1,89 a R$ 2,10, em 2012, chegou a R$ 2,799. Quatro anos depois o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), em maio de 2016 autorizou 9% de reajuste, totalizando, 17,95% nestes onze anos.
“Depois que entrou no mercado as empresas de aplicativos, praticando seus preços, não aconteceu mais reajuste e os taxistas vêm trabalhando com a mesma tarifa há cinco anos. Políticos vem se aproveitando da categoria, fazem promessas, monta circo e teatro próximo às eleições, para aderir os votos, após eleito tudo vai caindo no esquecimento e cada dia esses profissionais perdendo espaço no serviço e renda para sua sobrevivência”.
Orientou Salomão.
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