
Os taxistas de São Paulo podem perder o seu patrimônio que levou anos de luta para conquistar, um prédio localizado na Rua Estado de Israel, 833, bairro de Vila Clementino. A diretoria eleita deparou com uma dívida milionária e tantas outras irregularidades fruto de uma gestão que comandou o sindicato por mais de 30 anos. “Gestão Natalício Bezerra Silva”.
Até dinheiro dos mortos, foi levado.
Dia 21 de agosto 2021 a diretoria do Sindicato dos Taxistas Autônomos, (Sinditaxi), chamou, em assembleia os poucos associados que ainda resta para informar a situação da entidade. O numero de associados ao comparecimento foi muito pequeno. Dividas e risco de perder o patrimônio da classe para a justiça, veiculo subsede e sede central tudo penhorado por dívidas trabalhistas e tantas outras, foram os assuntos em discussão.
“Contrato superfaturado e tantas outras irregularidades, foi o que encontramos no Sindicato. O Fundo Assistencial Social, destinado à família do associado para os casos de morte, nada em conta. O que entrava era desviado”, informou o presidente Luiz Carlos Capelo.
Só pegamos dívidas
“A dívida do sindicato, estar acima dos R$ 13milhões, estamos nos empenhando para tentar salvar o patrimônio da categoria que custou o suor de todos para a construção do prédio. O que não foi levado em consideração pela gestão anterior que ficou no comando por décadas”.
“A situação é grave, mais não vai ficar assim, vamos responsabilizar a diretoria anterior pela dívida e tentar salvar o que é dos taxistas o prédio e outros bens”. Inclusive balancete de prestação de contas, anos 2018 e 2019, sem ata, estava impedindo o balancete do ano 2020. “É irregularidade para todos os lados, fruto de uma diretoria que ocupou a direção do sindicato por todos esses anos”, citou o presidente. “O presidente a gestão anterior não convocava assembleia geral para prestações de contas, e levar ao conhecimento dos associados à situação do sindicato”.
Os assuntos da categoria devem serem discutidos entre associados
“Para qualquer assunto que envolva a categoria, faremos uma reunião em cumprimento ao estatuto”, informou o vice-presidente Fábio de Oliveira. O presidente Campelo disse: “Se agente não tivesse na administração, talvez o sindicato tivesse de portas fechadas”. A dívida do Sindicato é de R$ 13 milhões, só com a previdência, “INSS” dos funcionários que não eram pagos, chega a R$ 10 milhões”, citou. “Reduzimos o pró-labore da diretoria em 50%”.
“Estamos contratando um auditor para levantamento de tudo, além do que já temos que será peça para as decisões que devemos tomar perante a justiça”. “O escritório de contabilidade se isentou de qualquer responsabilidade, sobre a situação do sindicato”. “Tem execuções fiscais, federal, três execuções fiscais do municipal e tantas outras trabalhistas”, questionou o presidente Capelo.
R$ 13 milhões em dividas
“Dividas com a previdência INSS R$ 10 milhões. Imposto de renda R$ 500 mil. IPTU sede e subsede R$ 766 mil. FGTS de funcionários R$ 492,220,00. Escritório de contabilidade R$ 180,000,00. Telefone R$ 32.082,00. Divida com elevadores, R$ 15.596,00. Divida com o jornal o Estado de São Paulo R$ 4.295,29. Além dessas despesas estão correndo os juros elevando seus valores. A situação é complicada e grave, mais os advogados, estão vendo o que se deve fazer”.
Se pepetuor no Sindicato por décadas
“Natalício Bezerra Silva, comandou o sindicato por mais de três décadas, sempre dificultava os interesses da categoria. Convocação de associados para prestação de contas e edital para eleições colocava em jornais que taxista não tomava conhecimento e sempre final de ano, onde os associados e tantos outros se preparando para festas viagem, etc. Assim só compareciam aqueles que lhe interessava e gradualmente afundando o sindicato e afastando os associados da entidade por mar representação”.
“Como eu não concordava com suas decisões. Por duas vezes, tentei registrar chapa de oposição encabeçando a chapa como presidente, para mudar a diretoria e fortalecer a representação dos associados, o que me foi impedido”.
“Chegou a mover diversos processos contra minha pessoa, porque eu não aceitava suas decisões e para ele não batia palmas. Eu sempre acreditei que, diante do número de 38.500 taxistas da cidade, poderia ter um sindicato forte em defesa de todos. Chegou á me excluir do quadro de associados justificando que eu não tinha táxi. E até hoje continuo com o meu táxi”, citou Salomão Pereira.
“Desejo sucesso para a nova diretoria e que salve o patrimônio da categoria, que custou para muitos valores altos por um par de tabelas. Com justificativa que seria para a construção da nova sede e agora a calasse não pode perder”. “A nova diretoria deve sim, responsabilizar a gestão anterior pelas dívidas”.